Pé na estrada
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- ROBERTO DIAS BORBA Joinvilense - jornalista. Filho de João Sotero Dias de Borba e Veronica Ida Borba. Casado com Vilma Ramos Borba. Pai de Ubiratan, Paulo César e Rubens. Nasci, me criei e conheci o esporte no bairro Glória - em Joinville. Três minutos, três gols era o lema do Leão do Alto da rua 15 - o Glória de tanta tradição, história e craques da bola. A minha trajetória na imprensa começou oficialmente em agosto de 1975, no extinto Jornal de Joinville. O maior período de atuação, mesmo distribuído em duas oportunidades, foi em A Notícia, por exatos 24 anos e oito meses. O
Da redação - Roberto Dias Borba - 15/9/2022 - 17h51min
Em minha segunda passagem por A Notícia, de 15 de agosto de 1996 até 13 de novembro de 2007, o registro em carteira é de repórter F. O que significa isso? Tinha atribuições de segunda a sexta-feira de repórter e editor nos finais de semana. Por isso, acompanhar jogos e eventos, principalmente nos finais de semana, no quintal de casa (em Joinville) tinha lá suas dificuldades contornadas. Durante a semana, o compromisso principal era de ficar na redação para manter o infalível horário de fechamento da edição. Eram tempos em que as comunicações representavam o grande obstáculo. Conseguir uma ligação telefônica poderia levar horas.
O que faltava naquela época era o contato com os assuntos que exigiam a presença do repórter fora da nossa sede. Na minha primeira passagem por A Notícia, de novembro de 1976 a março de 1990, foram poucas as viagens. A maioria foram para a cobertura de Jogos Abertos. As poucas vezes que fomos para a estrada a caminhada foi para bem longe. Do litoral até Concórdia, por exemplo, foi para prestigiar a apresentação do elenco do vôlei da Sadia. E tudo sob o amparo dos melhores dos Fusquinhas. Um bate-volta para sair e chegar em casa literalmente quadrado.
Na segunda vez que A Notícia assinou a minha carteira, de agosto de 1996 a novembro de 2007, as viagens foram mais acentuadas. E tudo pela nova função - de editor assistente, que permitia ficar longe da redação por ter Narciso Batista e Edenilson Leandro, o Deco, para dar conta da edição.
A pose bem na frente do pórtico de São Joaquim é de uma de nossas participações na cobertura da Volta Ciclística de Santa Catarina. Pelo esporte, com a atuação no jornalismo, que tive a oportunidade de percorrer e conhecer a maioria das regiões do Estado. Um trabalho cansativo, numa época em que a internet ainda era embrionária, e que teve como satisfação levar a informação de onde você estivesse. Em Bom Jardim da Serra tive as maiores dificuldades para transmitir os textos. Foi preciso o especialista em informática Fabiano de Paula para fazer o acesso remoto. Uma experiência que não pretendo repetir. O stress foi tremendo. Na outra passagem por aquelas bandas, eu e o fotógrafo Sidney Cruz preferimos percorrer mais alguns quilômetros até Lages para ter o devido abrigo da informática.
Na passagem por Porto União tivemos mais um momento ruim. Com todas as dificuldades superadas, texto e fotos chegaram até o destino, em Joinville. E ainda para nos "animar" ouvimos um belo discurso de retorno, um agradecimento do avesso: "O que vocês estão achando! Ficam ai passeando e atrasam o nosso fechamento".
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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com
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